GRAMADO

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segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Poesia






Nem tudo é dias de sol,

E a chuva, quando falta muito, pede-se

-Por isso tomo a infelicidade com a felicidade

Naturalmente, como quem não estranha

Que haja montanhas e planícies

E quando haja rochedos e erva...

O que é preciso é ser-se natural e calmo

Na felicidade ou na infelicidade,

Sentir como quem olha,

Pensar como quem anda,

E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,

E que o poente é belo e é bela a noite que fica...

Assim é e assim seja...


Fernando Pessoa



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